sexta-feira, 30 de abril de 2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Morte...

Na antiguidade clássica, o coração era considerado o órgão nobre essencial à vida, o primeiro a viver e o último a morrer, logo a vida e a morte andavam lado a lado no quotidiano. À medida que se avança pelas diversas etapas do ciclo vital, aproximamos-nos do incontornável destino que é a morte. A morte é uma realidade complexa em que confluem sentimentos, atitudes e reacções numa amálgama em que as representações de cada um são determinantes e em que, frequentemente, as emoções se sobrepõem à razão. Assim, a morte de um indivíduo é, para os seus significativos, o início de um doloroso e complicado processo de adaptação. Ontem, às 12 horas da manhã tenho a primeira experiência neste âmbito. Durante duas horas médicos e enfermeiros tentaram tudo por tudo prolongar a vida do Sr. A. A enfermaria deste homem parecia um "estendal de soros, adrenalinas, atropinas, dopaminas..." rodeado de "ene" máquinas. A cada minuto que passava o sentimento de impotência assoalhava a equipa. A dado instante, o ritmo cardíaco desacelera subitamente... até o monitor mostrar uma linha continua. Olhamo-nos... e um silencio de segundos transpareceu uma paz eterna. Todos sentiram que fizemos o melhor e tudo que podia por aquele senhor.

A comunicação deste tipo de noticia em saúde constitui um dos momentos mais difíceis nas relações interpessoais com a familia, causando grande desconforto tanto à pessoa que recebe como àquela que transmite a noticia. Os próprios profissionais podem manifestar dificuldades pessoais de adaptação ao processo de morrer incapacitando-os de atender doentes numa situação difícil de doença avançada. São vários os factores que podem interferir na reacção da família face à morte da pessoa, nomeadamente as relações existentes entre doente/família. É importante referir que os cuidados são complexos, exigentes e por vezes stressante, pois envolvem a gestão de aspectos emocionais do doente/família e do próprio enfermeiro. Ao falar da morte falamos da nossa morte, da morte do outro, da dor que é perder qualquer coisa que foi nossa e que deu significado à existência.

domingo, 25 de abril de 2010

Benfica Campeão Europeu de Futsal

Histórico! Numa “batalha” que teve de ser resolvida com prolongamento, os encarnados foram mais fortes, tiveram coração e venceram o tricampeão europeu Interviú de Madrid. Festa perante 9400 espectadores que encheram o Pavilhão Atlântico, numa réplica quase perfeita do Estádio da Luz.
Durante o tempo regulamentar o placard registou 2-2. Muita emoção e festival de futsal. Chegara o prolongamento... E foi o Benfica que entrou mais determinado em fazer valer mais estes minutos para resolver a questão. Decorridos 3 minutos de tempo extra Davi recebeu no meio, deu dois passos em frente e disparou sem hipóteses para Luís Amado. Estava feito o 3-2.Foi o bater de coração até ao fim para se gerar então a explosão por que o Atlântico esperava. Pela primeira vez na sua história e do Futsal português, o Benfica torna-se campeão europeu da modalidade.

25 Abril... Revolução dos cravos


terça-feira, 20 de abril de 2010

A lata dos enfermeiros... pela voz da ignorância

É este o rosto da revolta dos enfermeiros! As palavras foram pólvora para esta classe profissional. Será que na sua grande maioria, os enfermeiros são como este Sr. apresenta? Não se esqueça que um dia poderá ser doente... e aí verá a importância do enfermeiro....
Ora vejamos o que ele disse e, passo a citar:
"Os enfermeiros marcaram umas férias, perdão, uma greve de quatro dias. Porquê? Não se percebe. Mas fica a ideia de que querem ganhar mais do que os médicos.
I. A lata dos enfermeiros continua. Para começar, uma greve séria não tem quatro dias. Uma greve séria não é marcada para os quatro dias imediatamente anteriores ao feriado da Páscoa. Assim, até parece que os senhores enfermeiros marcaram umas férias antecipadas. Caro enfermeiro, se não quer ser confundido com o lobo, não lhe vista a pele.
II. Fazer reivindicações sem sentido é o desporto do nosso sindicalismo. Os enfermeiros não são excepção. Agora, Suas Excelências querem ganhar 1200 euros logo no início de carreira. Não se percebe porquê. Em primeiro lugar, um licenciado na função pública não pode ganhar 1200 logo à partida (se ganhar, o país enlouqueceu mesmo). Em segundo lugar, se ganhar 1200 euros, um enfermeiro fica a ganhar quase tanto como um médico em início de carreira. E, lamento, isso não faz sentido.
III. A diferença entre os 1500 euros do jovem médico e os 1000 euros do jovem enfermeiro é a diferença justa. Aliás, parece-me que já beneficia, e muito, o enfermeiro. Porque a responsabilidade do médico é, obviamente, superior à do enfermeiro. Dentro do hospital, o médico é superior ao enfermeiro. Lamento, mas as coisas são assim, por mais lógicas corporativas que os enfermeiros invoquem. O corporativismo sindical não pode abolir as óbvias diferenças técnicas e de responsabilidade que existem dentro de um hospital.
IV. Quando se fala com os enfermeiros, parece existir sempre uma espécie de ressentimento "classista" contra os médicos. É como se os enfermeiros estivessem a gritar contra os médicos: "olhem, olhem, nós agora também somos licenciados, e sabemos tanto como vocês". Será por isso que os enfermeiros não fazem o trabalho "sujo" nos hospitais? Será por isso que tem de haver aquele batalhão de auxiliares para as tarefas sujas e simples? O dr. enfermeiro já é demasiado fino para limpar o rabo aos velhinhos? É isso?"

Como seria de esperar, logo ecoaram vozes de respostas a este texto nada lúcido! Rui Cavaleiro manifestou, e muito bem!, a sua opinião à Direcção do jornal Expresso. Clique aqui para ver.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ainda se lembra da... Gripe A?

A febre da gripe A assoalhou o mundo há cerca de um ano. Ainda se lembra? Uma gripe mortífera, que tinha brotado no México, despoletou uma maciça campanha medicamentosa. É verdade que, aliada a este corropio, a população mundial pôs a mão na testa e reflectiu sobre determinados comportamentos de saúde, dando asas à maior campanha de profilaxia que há memória. Desinfectantes, cartazes, salas de gripe, panfletos... enfim!
Tudo isto era necessário, todavia, a minha questão é tal gripe era motivo para tal alarido?
Estado, empresas e cidadãos dispensaram milhões numa fórmula mágica criada em 6meses. Esta receita terá de ser mesmo especial, pois se para desenvolver uma simples vacina não pandémica é necessário pelos menos 10 anos em experiência e teste a confirmar e ratificar a sua viabilidade, fazer este trabalho em 6 meses é obra! Ah, já me esquecia que a fórmula especialíssima foi baseada numa receita utilizada pelos soldados norte-americanos aquando da guerra do Vietname.
Com tudo isto... todos tiveram uma eficácia sobre humana... todos superaram as expectativas excepto a Gripe A.
Achei e acho muito estranho o facto de terem "inventado" a cura para a gripe A antes mesmo desta ser foco. Como é possível já existir um medicamento - Tamiflu - antes de existir a doença? Estranho no mínimo. Televisões e jornais sempre procuraram ampliar afanosamente novos surtos para manter o nervosismo. O que faltam são doentes.
Houve pessoas afectadas e até mortes, como todos os anos há na gripe sazonal. A situação está longe da paralisante catástrofe anunciada. O país sofreu mais com a despesa que com a doença. Como muitos médicos diziam há muito em privado, o grau de alarmismo e movimentação era demente. Aliás, bastava comparar os esforços portugueses com os dos nossos parceiros para ver a diferença. Se Portugal tinha razão sobre o perigo gripal, então todos os outros países eram inconscientes.

domingo, 11 de abril de 2010

Lake Distrit... um paraiso britânico

Um paraíso! É essa a unica palavra que me ocorre ao relembrar destas imagens. Recordo que ao viver aqueles momentos parecia que estava a olhar uma tela. Uma tela pintada ao pormenor. Esfreguei os olhos e.. não... não era um sonho. Estes paraísos existem mesmo! Senão vejam...



sábado, 10 de abril de 2010

Anfiel Road 2010



Quis o fado lusitano que a epopeia do SL Benfica findasse a 9 de Abril de 2010 em Anfield Road. Os encarnados apresentavam-se moralizados! Também que outra atitude seria de esperar de uma equipa que respira 90 minutos de futebol? Só mesmo isto. Ah, claro que respeitando o adversário. Talvez até demais. Não obstante ser esse o propósito destas linhas.
Os "reds" são mundialmente conhecidos pela sua emotividade e entrega ao espectáculo que assistem. Fenomenal. Simplesmente, brilhante a forma como aquela multidão vive com os atletas um jogo de futebol. É arrepiante... ouvir o hino do Liverpool "You will never walk alone". Reparem a recepção estrondosa...
Definitivamente a melhor atmosfera futebolística!

domingo, 4 de abril de 2010

Esquecidos...

Tempo das amêndoas e pão de ló vigora. Páscoa, essa é apenas o preceito para alguns comprarem roupas novas e tirarem uns dias de férias. As tão esperadas férias num local paradisíaco. O descanso merecido.
Para que tudo isto seja possível, só há que resolver uma questão: despachar os velhos. Nem a crise económica é tão problemática quanto o estorvo daqueles que, simplesmente, querem envelhecer.
Abordo este tema com experiência directa, não fosse o hospital um reservatórios para os idosos de muitas famílias. Estas "Famílias" vêem num hospital o local ideal para cuidar dos seus. No serviço de um dos Hospitais do Porto, desde há dois dias que se tenta contactar um dos familiares para levar o Sr. António (nome fictício) para casa.
Constantemente pergunta-nos "o meu filho já me vem buscar?". O semblante com que nos confronta já antevê uma resposta negativa da nossa parte. Todavia, ele precisa de ouvir "ninguém atende" para libertar as lágrima escondidas da alma. O Inverno da alma ganha vida. As mãos, Parkinsonicas, juntam-se entre as pernas, o pescoço tenta involuir no tronco flácido. O olhar, esse, cabisbaixo lá respiga uma expressão "não deve estar perto do telefone"...
Fica-se perplexo perante cenário. Como reagir?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Férias, Família e... convivio?

Há poucos dias atrás começaram as férias da Páscoa. Estas época festiva, para além de lectivamente transitar os alunos para o terceiro período, para muito pais as férias são uma verdadeira dor de cabeça. Já não basta os afazeres do dia-dia, ainda acresce o facto de encontrarem uma "companhia" para os seus mancebos.
Para a classe média alta esta barreira parece não existir dado que os campos de férias luxuosos são o destino mais procurado a par as ocupações em ATL´s. Como a maioria da sociedade portuguesa reside abaixo deste índice, não é de estranhar que cada vez mais cabelos brancos apareçam nos pais lusitanos. Todavia, muitos destes pais esquecem-se que as férias tem uma razão pedagógica. Não é só para os professores descansarem. Sabe-se que precisam destes intervalos na aprendizagem para assimilarem aquilo que aprenderam, por um lado, e por outro para quebrarem a rotina e descansarem, o que permite começar de novo várias vezes por ano.
Mandar os miúdos para a «terra», ou deixá-los com os avós, também resulta para cada vez menos pais, já que na «terra», se ainda existe, não está ninguém e os avós têm, eles próprios, empregos exigentes.
Percebe-se que a produtividade dos pais nesta altura atinja o limiar mínimo, pois estão constantemente preocupados com o que se passa com os seus filhos.