Destas eleições há ponto que podemos retirar, senão vejamos:
1. REPÚBLICA. Estas eleições visavam eleger o Presidente da República. Sim, aquela República que foi proclamada em 1910 a 5 de Outubro. Aquele aparato que, segundo reza a lenda, nos orgulhou de abolir a monarquia. Pois muito bem... a memória lusitana anda muito fraquinha. Ou será que os portugueses faltaram a essa aula de história?! A abstenção espelha uma destas realidades: desinteresse por esta eleição.
2. ABSTENÇÃO. Talvez mais do que desinteresse pela eleição do PR, os descendentes de Viriato gritaram silenciosamente descrença na comunidade política. Uma abstenção de, aproximadamente, 53% deveria ser mote para reflexão profunda.
3. RESULTADOS. Fernando Nobre demonstrou ser a pessoa com um perfil mais adequado. A inexperiência talvez o tenha prejudicado, não obstante a sua evolução nas sondagens premeiam a sua ousadia. Um candidato independente sem origens politicas de revelo, um exemplo. Por outro lado, o candidato madeirense deu voz à revolta e sátira de muitos caminhos obscuros.
4. DISCURSOS. Defensor Moura não foi politicamente correcto ao não parabenizar o vencedor. Deveria sê-lo "só porque fica bem" e contribuir para a hipocrisia da bela educação politica? Não. Assumiu a derrota e a mais não é obrigado. Por outro lado, o vencedor, após ouvir todos os discursos dos vencidos, encheu o peito de ar e expirou a arrogância acumulada na campanha. Muitas vezes criticou a campanha de ataques pessoais... ontem regalou o seu discurso nisso. Depois, um PR que necessita de auxiliar de memória na vitória... denota que não tem o dom da palavra. Frases feitas e de livro... mais nada
NEM NA MORTE SOMOS LIVRES!
Há 2 dias