Supostamente, era mais uma sexta-feira de intenso calor. A proposta de a viver passava por um areal junto à água salgada, em que esta mesma água, banha inúmeras vezes parte da areia dourada.
Junto à fronteira do liquido e do sólido adivinhava-se, para breve, um intenso nevoeiro. Por minutos ainda tenta-se descansar os ossos e esquecer o dia-a-dia numa toalha macia.
Algumas horas depois, aquele dia que parecia ser igual a muitos outros, surge do mar longínquo uma poderosa onda carinhosamente gélida e suavemente áspera. Ao mesmo tempo, brota um nevoeiro intensamente obscuro. O vento, esse, sussurrava junto aos ouvidos palavras que farpavam a alma sem o ópio que poderia acalmar essa dor.
O entardecer aproximava-se. As frieza daquela tarde solidificaram qualquer possível demonstração de existência do saco lacrimal.
O mar mostrava-se pacifico e belo como nunca... uma pacificidade e beleza cruel.
Melhores marés virão...
Os padres impecáveis não existem
Há 3 horas