quinta-feira, 30 de julho de 2009

Parabéns, Bárbara!

Decorria o ano 2000, já por meados do mês do fim de Verão, quando quis o destino que nossos caminhos se cruzassem. A Escola Secundária de Vilela foi o ponto de encontro.
Estranha forma de iniciar uma amizade, olhares de desconfiança do menino teimoso e da menina da cidade. Impressões de adolescentes ingénuos, que esfumaçaram logo no primeiro diálogo. Bárbara perfumava a arte catraia da relações humanas com simpatia e fidelidade estampadas num sorriso.
As sapatilhas eram o seu brinquedo preferido para brincarmos ao futebol. É Mantorras dentro e fora campo, polvilhando boa disposição e espírito de entre ajuda. É verdade que é patologicamente alérgica a injustiças!
Saudáveis discussões, em primeira instância no banco do jardim outrora em cima da mesa, permitiram-nos viajar pelos sonhos de miúdos.
Anos foram passando... mas tu não mudaste, apenas cresceste!
É difícil de retratar alguém que percebemos e conhecemos bem... todavia muito fácil de lidar. Tenho orgulho em ser teu amigo!
Um grande beijo e forte abraço neste dia. Parabéns.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

domingo, 26 de julho de 2009

Falta algo...


Mais um domingo... muito sol, algum vento...
A minha casa tem sido a companhia deste dia. De manhã fui fazer um passeio com a paróquia daqui. Alias devo dizer que foi um passeio muito interessante desde a igreja matriz até ao parque da cidade de Paredes. É claro, que o meio politico se fez representar... estão a chegar as eleições.
Aproveita-se a sombra da laranjeira para estar com os colegas via online... mas sinto uma vazio! Como é possível estar-se rodeado de pessoas e sentir-se que falta algo ou alguém? mas quem ou o quê? Esta ultima, talvez ainda mais estranha! As férias estão à porta. Na escola, com muito esforço, tudo correu bem. Familiarmente tudo ok! ou melhor... todas as actividades e grupos em que participo estão de boa saúde. Mas falata algo...
Perante isto, lembrei-me do grande heterónimo de Pessoa, Alberto Caeiro. Como ele refere no seu poema "Guardador de rebanhos" que também queria pensar com os olhos, ouvidos, as mãos, os pés, o nariz e a boca. De facto, o verdadeiro belo de comer um fruto é simplesmente saboreando-lo.
Como é que se pensa com as sensações?

Gripe Sasonal vs Gripe A

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Parto em Duas-Igrejas


Eram 5:55 h da manhã quando a equipa de serviço da Cruz Vermelha de Vilela foi activada para um parto em Duas Igrejas. Segundo os intervenientes, o parto foi bastante rápido, não tendo apresentado qualquer complicação. Como é procedimento habitual nestas situações, esteve também presente no local uma viatura médica que prestou assistência diferenciada à parturiente. Ficam os nossos agradecimentos ao excelente apoio prestado pela VMER do Centro Hospitalar de Tâmega e Sousa e os parabéns pelo excelente trabalho da equipa de serviço!

Já dizia Confucius...


"o silencio é um amigo que nunca trai"

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Processo de Pensamento... exemplo

Pensei muito se devia ou ñ publicar este pequeno exemplar. Penso que sim pois a informação só se tona conhecimento quando é partilhada. Não serve de nada investir no ganho e aquisição de informação se esta não tiver relevância nem for usada para o bem comum.
Por outro lado, embora seja só um exemplar de um caso... não deve ser aplicado em nenhum outro utente. Passo a explicar, cada processo é entendido como tendo em conta a pessoa e satisfazer-lhe o melhor bem comum. Embora por mais semelhanças entre os diferentes casos, há sempre que nos centrar na pessoa. A minha preocupação é alguém aceder a isto e fazer: Ctrl+C --> Ctrl+V. Apenas mudando o nome.
Aqui fica o exemplo do processo de pensamento:

Concorrente à peneunomia e adjuvante ao quadro clínico, não podemos esquecer o facto de o doente ter DPCO. Assim, a Doença Pulmonar Crónica Obstrutiva como o próprio nome indica há obstrução das vias aéreas que dificultam a passagem do oxigénio para o sangue. Como o doente era ex-fumador e trabalhou quase toda a vida em fábrica de móveis, estes dois factores podem precipitado o aparecimento da doença dado que o fumo do tabaco e pó dos móveis (nesta região do pais é normal não usarem mascaras faciais durante o trabalho) actua como agente tóxico depositando-se nos brônquios desenrolando uma resposta inflamatória e diminuição da α1 anti-tripsina. Ora havendo diminuição do factor promotor da regeneração do tecido elástico (α1 anti-tripsina) e depósito de agentes tóxico causam degradação do tecido o que diminui a área de superfície de contacto (Guyton, 1992). Na posição ortostática há o Sr. A refere sensação falta de ar devido a nesta posição haver diminuição da ventilação que associada às secreções abundantes da pneumonia e próprio processo fisiopatológico da DPCO em comunhão fazem acentuar a diminuição da perfusão do oxigénio. Como mecanismo compensatório dessa diminuição de O2, o organismo responde com taquicardia como tentativa aumentar o fluxo de sangue a ser oxigenado e a ser utilizado pelas células, taquipneia como tentativa de aportar mais oxigénio com ventilação mais superficial. O uso de músculos acessórios e adejos nasal, são respostas mecânicas a esta necessidade (Phipps, Sands e Marek, 2003). O utente aquando destes episódios referia “… um desconforto no peito…” e apresentação a Sat. O2 = 90% sendo o seu valor padrão de 97%.

Diagnostico

Ortopneia

Objectivos específicos:

Evitar que o Sr. A experimente fenómenos de Ortopneia.

Inicio

Intervenções

Actividades

Termo

14/03/09

14/03/09

Posicionar doente com cabeceira a 30º

Planear refeições mais fraccionadas



Resultados:

Com estas intervenções o Sr. A não experimentou este fenómeno.


Pedrosa, 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

Mais uma meta cumprida...

Mais um momento de aprendizagem está concluído! Finalmente!
Este estágio, que começou a 11 Maio, iniciou-se logo como um tornado! Alterações inesperadas nas nossas vidas por impotência das estruturas universitárias e hospitalares que não conseguiram coordenar os aspectos burocráticos, acabando por atingir os alunos. Um fax perdido... pano para mangas...

Não vale a pena chorar sobre o leite derramado mas é indispensável que as pessoas reflictam sobre as suas acções, principalmente quando estas envolvem e podem desestruturar a vida de outros.

A notícia, que estagiaríamos no S. João, caiu que nem uma bomba! Para quem está habituado a planear tudo com antecedência, a adaptação foi terrível. Sim, muito complicada porque, para além da nossa insatisfação que quase roçava na desmotivação, estávamos num hospital central numa grande cidade. Nota-se logo a diferença entre personalidade: cada um por si, mais frios, mais importante o estatuto, as aparências...

Com o tempo... fomos conquistando e adoçando a personalidade deles e, também é verdade, aprendemos a lidar com os enfermeiros, médicos e auxiliares. Neste aspecto aprendeu-se muito. Talvez fosse a parte do estágio mais complicada: trabalhar com pessoas numa equipa multidisciplinar.

Os sorrisos foram aparecendo... a motivação começou a desbotar... o trabalho emergiu mas o cansaço, também, se fez notar.

Actualmente... fazendo uma breve retrospectiva, o balanço é sempre positivo. Em termos de conhecimentos sobre cirurgia estes foram largamente alcançados. Essencialmente, posso dizer que aprendi muito a trabalhar com pessoas que pensam de maneira muito diferente e obtive uma aprendizagem, maioritariamente, seguindo pelos padrões menos usuais no serviço. Não quero com isto dizer que estavam errados... Todavia no meu entender, e baseado na investigação, muitas vezes não serviam o melhor bem do utente (é que ás vezes implicava trabalho...). Nos primeiros dias após perceber a dinâmica do serviço pensei que poderia perder a minha dinâmica de trabalho, processo de pensamento, método e organização no trabalho assim como o rigor técnico-científico... que eu fosse absorvido pela maioria deixando de ter pensamento crítico.

Felizmente que isso não aconteceu, mas não é/foi fácil! Penso que eu juntamente com os meus colegas... deixamos algo naquele serviço... nem que seja a dúvida na cabeça deles "talvez o que eles fazem/dizem até faça sentido..."

Agradeço, principalmente a alguns amigos que sempre confiaram mais em mim do que eu próprio. Não é muito comum em mim dizer à Deco (Carla), Luís Nuno e S. Manel que o apoio demonstrado foi fundamental. Ah... não posso esquecer d´Ele.

Agora... venham as merecidas férias!