segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Eleições presidenciais 2011

Destas eleições há ponto que podemos retirar, senão vejamos:
1. REPÚBLICA. Estas eleições visavam eleger o Presidente da República. Sim, aquela República que foi proclamada em 1910 a 5 de Outubro. Aquele aparato que, segundo reza a lenda, nos orgulhou de abolir a monarquia. Pois muito bem... a memória lusitana anda muito fraquinha. Ou será que os portugueses faltaram a essa aula de história?! A abstenção espelha uma destas realidades: desinteresse por esta eleição.
2. ABSTENÇÃO. Talvez mais do que desinteresse pela eleição do PR, os descendentes de Viriato gritaram silenciosamente descrença na comunidade política. Uma abstenção de, aproximadamente, 53% deveria ser mote para reflexão profunda.
3. RESULTADOS. Fernando Nobre demonstrou ser a pessoa com um perfil mais adequado. A inexperiência talvez o tenha prejudicado, não obstante a sua evolução nas sondagens premeiam a sua ousadia. Um candidato independente sem origens politicas de revelo, um exemplo. Por outro lado, o candidato madeirense deu voz à revolta e sátira de muitos caminhos obscuros.
4. DISCURSOS. Defensor Moura não foi politicamente correcto ao não parabenizar o vencedor. Deveria sê-lo "só porque fica bem" e contribuir para a hipocrisia da bela educação politica? Não. Assumiu a derrota e a mais não é obrigado. Por outro lado, o vencedor, após ouvir todos os discursos dos vencidos, encheu o peito de ar e expirou a arrogância acumulada na campanha. Muitas vezes criticou a campanha de ataques pessoais... ontem regalou o seu discurso nisso. Depois, um PR que necessita de auxiliar de memória na vitória... denota que não tem o dom da palavra. Frases feitas e de livro... mais nada

2 comentários:

  1. Boa reflexão. A lucidez de uma pessoa bem formada. Que está atento ao Mundo. Parabéns.

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  2. What you are describing here is one of the more worrying aspects of modern politics - Voter Apathy. The word ‘democracy’ is defined as being ‘government by all the people, direct of representative….’ the significant word in the definition being ‘all’. Where a large number - and in the case of the Presidential Election in Portugal a majority - of those eligible to vote do not do so then the result might not be a true ‘democracy’ but rather a form of ‘oligarchy’ where the government is elected by only a small group of people. Voter Apathy may be as a result of disillusionment with the system or the erroneous belief that an individual’s vote does not count. Thus the more people that believe this then the result is that the Elected are not democratically representative of the apathetic majority.

    The lesson that needs to be taken from this is that unless all the people vote the few who do will have a disproportionate effect on the outcome as has happened here.

    John

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