quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dia Internacional do Enfermeiro

Foi a 12 de Maio de 1820 que nasceu aquela que ficaria para a história como a fundadora da Enfermagem moderna: Florence Nightingale. Em sua homenagem, foi instituída essa data como Dia Internacional do Enfermeiro. Durante a Guerra da Crimeia, esta enfermeira inglesa de ascendência italiana, levou a cabo uma verdadeira revolução no hospital militar do exército inglês na Turquia (1854), transformando por completo a tradicional prática de enfermagem.
Florence Nightingale introduziu mudanças qualitativas ao nível da prestação de cuidados de saúde aos soldados, melhorando as condições sanitárias e de higiene, implementando medidas que foram ao encontro das necessidades dos doentes e contribuíram para lhes proporcionar mais qualidade de vida em períodos de convalescença. No prazo de dois anos, Florence e a sua equipa de enfermeiras conseguiram baixar a taxa de mortalidade do hospital de 40 para apenas 2%, provando que a enfermagem assumia um papel fundamental na prestação de cuidados de saúde.
O trabalho rigoroso de Florence Nightingale e o sucesso das medidas que adoptou levaram-na a criar, em 1860, no St. Thomas Hospital, em Londres, a primeira Escola de Enfermagem, verdadeiro modelo inspirador do ensino da profissão no Ocidente.
Actualmente, a enfermagem é uma profissão que assume uma importância fulcral no funcionamento dos sistemas de saúde e na qualidade dos cuidados disponibilizados aos cidadãos.
Anualmente, o Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), escolhe um tema para o Dia Internacional do Enfermeiro (DIE), tendo este ano, escolhido como tema Ambientes favoráveis à prática: condições no trabalho = cuidados de qualidade. A promoção de ambientes favoráveis à prática emerge como uma necessidade incontestável para a consecução dos múltiplos e variados objectivos das organizações de saúde.Diversos factores, entre eles, as crescentes necessidades de saúde das populações e as restrições financeiras, condicionam o potencial dos serviços, impondo inúmeros desafios aos sistemas de saúde. Ambientes desfavoráveis à prática afastam os enfermeiros, limitam o seu desempenho e prejudicam a qualidade dos cuidados. Todavia, há evidências de que os designados "ambientes favoráveis à prática" promovem a excelência dos cuidados, captam e retêm enfermeiros.
Numa análise abrangente do ICN à crise na força de trabalho na enfermagem - a Iniciativa Global de Análise da Enfermagem (Global Nursing Review Initiative) - os ambientes favoráveis à prática e o desempenho organizacional emergiram, em conjunto, como uma das cinco propostas globais para a acção.
Ao examinar os ambientes favoráveis à prática emergem duas considerações: a identidade profissional dos enfermeiros e as características dos próprios ambientes. Os enfermeiros são profissionais que perfilham uma filosofia holística de cuidados, característica esta que modela as suas expectativas e torna os ambientes de trabalho desafiadores. Questões como a satisfação profissional, segurança e dotações estão na ordem do dia.
Dotar os ambientes de trabalho dos enfermeiros de condições favorecedoras para a prestação de cuidados de qualidade exige empenho e determinação aos mais diversos níveis. Para o conseguir, o caminho a percorrer é longo. Escolher este como o tema para o DIE de 2007 deverá servir como alerta e um estímulo à implementação, individual e colectiva, de condições e estratégias adequadas.
in jornal online UE

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