terça-feira, 20 de abril de 2010

A lata dos enfermeiros... pela voz da ignorância

É este o rosto da revolta dos enfermeiros! As palavras foram pólvora para esta classe profissional. Será que na sua grande maioria, os enfermeiros são como este Sr. apresenta? Não se esqueça que um dia poderá ser doente... e aí verá a importância do enfermeiro....
Ora vejamos o que ele disse e, passo a citar:
"Os enfermeiros marcaram umas férias, perdão, uma greve de quatro dias. Porquê? Não se percebe. Mas fica a ideia de que querem ganhar mais do que os médicos.
I. A lata dos enfermeiros continua. Para começar, uma greve séria não tem quatro dias. Uma greve séria não é marcada para os quatro dias imediatamente anteriores ao feriado da Páscoa. Assim, até parece que os senhores enfermeiros marcaram umas férias antecipadas. Caro enfermeiro, se não quer ser confundido com o lobo, não lhe vista a pele.
II. Fazer reivindicações sem sentido é o desporto do nosso sindicalismo. Os enfermeiros não são excepção. Agora, Suas Excelências querem ganhar 1200 euros logo no início de carreira. Não se percebe porquê. Em primeiro lugar, um licenciado na função pública não pode ganhar 1200 logo à partida (se ganhar, o país enlouqueceu mesmo). Em segundo lugar, se ganhar 1200 euros, um enfermeiro fica a ganhar quase tanto como um médico em início de carreira. E, lamento, isso não faz sentido.
III. A diferença entre os 1500 euros do jovem médico e os 1000 euros do jovem enfermeiro é a diferença justa. Aliás, parece-me que já beneficia, e muito, o enfermeiro. Porque a responsabilidade do médico é, obviamente, superior à do enfermeiro. Dentro do hospital, o médico é superior ao enfermeiro. Lamento, mas as coisas são assim, por mais lógicas corporativas que os enfermeiros invoquem. O corporativismo sindical não pode abolir as óbvias diferenças técnicas e de responsabilidade que existem dentro de um hospital.
IV. Quando se fala com os enfermeiros, parece existir sempre uma espécie de ressentimento "classista" contra os médicos. É como se os enfermeiros estivessem a gritar contra os médicos: "olhem, olhem, nós agora também somos licenciados, e sabemos tanto como vocês". Será por isso que os enfermeiros não fazem o trabalho "sujo" nos hospitais? Será por isso que tem de haver aquele batalhão de auxiliares para as tarefas sujas e simples? O dr. enfermeiro já é demasiado fino para limpar o rabo aos velhinhos? É isso?"

Como seria de esperar, logo ecoaram vozes de respostas a este texto nada lúcido! Rui Cavaleiro manifestou, e muito bem!, a sua opinião à Direcção do jornal Expresso. Clique aqui para ver.

4 comentários:

  1. Por vezes a voz do dono consegue enojar de uma maneira que só o desprezo para estes lobos disfarçados de seres humanos me parece a resposta adequada. São indivíduos desprezíveis que tentam segurar ou ascender o lugar com que os patrões da manipulação mediática, qual cenoura, acenam.Há tipos nojentos que se vendem por pouco e são profissionais da abjecção, da calúnia e do insulto. Se eu acreditasse em alguma entidade divina, pediria que gentalha desta tivesse castigo.Mas infelizmente bem podemos esperar. Resta ter fé na Natureza. Veja-se como o vulcão da Islândia fez tremer os burrocratas da Europa do Vómito Unido, depois deles terem execrado as finanças daquele pequeno país. Eu acredito na força purificadora da Mãe Natureza.

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  2. Obrigado pelo seu comentário. Mas acima de tudo é bom saber que há gente que compreende a esmagadora maioria destes profissionais.

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  3. Pode ser que um dia o Sr. Henrique Raposo realmente precise de um enfermeiro e aí lhe saiba dar o seu devido valor. Tal como esta critica surgiu, eu creio que um dia ainda chegue um pedido de desculpas!!!

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  4. Nunca ouviste falar em "cães-de-fila?"
    Aparecem hoje na comunicação social a alardear-se e a manifestar a sua fidelidade canina ao dono...
    Seres ínfimos, sem pingo de vergonha, sem cabedal humano, máscaras do dono...
    A estes se aplica a sabedoria popular: "Os cães ladram e a carabana passa...

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