Fénix! Muitas vezes conhecida como o ser que renasce das cinzas. Todos nós, na nossa vida, somos Fénix por uns tempos. O fado lusitano realça (quase sempre) o lado da cor do céu britânico. Será pessimismo? Perspectivas de vida, talvez.Nos tempos da tecnologia, provavelmente, Fénix seria um conjunto de "zeros" e "um´s" engaiolada num ecrã de de 45 por 30 subordinada à dactilografia. Felizmente não é!
Fénix, após um período despedaçado volta voar sobre a praia que deixou há meses. É verdade que o céu, ainda apresenta algumas nuvens, não obstante permitiu-lhe RENASCER das CINZAS.
Voa livremente sobre as ondas do mar que abraçam fortemente a areia dourada. A brisa marítima do Atlântico permite-lhe fomentar a sua hemoglobina e dizer, pulmão cheio: estou de volta!
Fénix olha o sorriso timidamente hipnótico que vibra lá longe... e esbarra nas rochas.
Continuando o seu voo, Fénix delicia a vista sobre a invicta, focando-se nas pontes... pontes que unem o passado com presente... pontes que unem o novo e velho... alegria e ...
Ao fim do dia descansa sobre a primeira vista Férrea do Porto...
Caro voluntário, não sei se sabias que:
ResponderEliminara lenda da Fénix, cuja pátria era a Etiópia, está relacionada com o Egipto e com o culto do Sol.
Ela podia viver por um período de quinhentos anos e o seu aspecto era de uma beleza inigualável. Maior do que uma águia, a sua plumagem ostentava o vermelho fogo, o azul claro, o púrpura e o ouro, e era mais formosa que o mais formoso de todos os pavões reais.
Mas a lenda da Fénix diz sobretudo respeito à sua morte e ressurreição. Sendo uma ave única, ela não podia reproduzir-se como as demais. Assim, quando pressentia o fim da sua existência, recolhia e acumulava plantas aromáticas (incenso, cardamomo e resinas), e com elas construia um grande ninho exposto aos raios solares que, incidindo sobre as plantas secas, o incendiavam, com ele ardendo a Fénix que desta forma se convertia em cinzas.
Dessas cinzas, impregnadas com os restos da Ave, nascia uma pequena larva, que em pouco tempo se transfomava numa nova Fénix, cujo primeiro acto era depositar num tronco oco os restos da sua progenitora. Escoltada então por uma grande quantidade de aves de espécies diversas, a nova Fénix levava essas relíquias até Heliópolis, no Egipto, depositando-as no altar do Deus Sol.
Acabada a cerimónia de homenagem, a jovem Fénix voltava à Etiópia, e aí vivia, alimentando-se de gotas de incenso, até ao fim dos seus dias, para mais uma vez voltar a um novo ciclo de morte e ressurreição.
Agora que sentes o teu renascer, que sentes as forças a ressurgirem das cinzas de um passado que não sendo para repetir, também não pode ser para esquecer, espero que não faças como a Fénix, e não voltes para o conforto da tua Etiópia para todo o sempre, onde não te faltam as gotas de incenso de que careces. Voa, voa para longe, e liberta-te, sem medos. A beleza do que por fim voltaste a escrever neste blog, demonstra que tens forças e carácter para resistir a tudo o que está para vir. Força, força, e mais força, é só o que te posso desejar.
MDC
Gostei muito deste regresso. Há poesia e humanidade no ar. Parabéns! E 1 abraço.
ResponderEliminar