De acordo com os investigadores, estudos anteriores já demonstravam elevadas taxas de depressão entre as mulheres com incontinência, porém pouco se sabia sobre qual condição levaria à outra. Neste sentido, a nova pesquisa apresenta evidências de que a depressão conduz ao «descontrolo da bexiga», mas o contrário não ocorreria.
A equipa de cientistas acreditava que, devido ao facto do neurotransmissor serotonina cumprir um papel em ambas as condições, as mudanças fisiológicas causadas por uma delas poderiam ser o primeiro estágio para a outra. «Pensamos que, possivelmente, iríamos ver duas coisas. Em algumas pessoas, por causa das mudanças químicas no corpo, a depressão poderia levar à incontinência, mas, noutras, a causa ocorreria ao contrário, como reacção psicológica à incontinência», realçou J. Melville.
A equipa de cientistas acreditava que, devido ao facto do neurotransmissor serotonina cumprir um papel em ambas as condições, as mudanças fisiológicas causadas por uma delas poderiam ser o primeiro estágio para a outra. «Pensamos que, possivelmente, iríamos ver duas coisas. Em algumas pessoas, por causa das mudanças químicas no corpo, a depressão poderia levar à incontinência, mas, noutras, a causa ocorreria ao contrário, como reacção psicológica à incontinência», realçou J. Melville.
Na pesquisa, os especialistas utilizaram dados colhidos em seis anos de uma pesquisa com pessoas recentemente aposentadas em 70 mil lares, com média de idade de 59 anos. A partir daí, foram conduzidas duas análises: uma em que as mulheres que entraram no estudo com depressão foram examinadas quanto ao desenvolvimento de incontinência urinária; e a outra, que observou aquelas que já tinham o distúrbio urinário, para ver se desenvolviam o problema de saúde mental durante o acompanhamento.
A pesquisa indicou «um processo muito forte, levando da depressão à incontinência e, na verdade, a incontinência não levando à depressão».
A pesquisa indicou «um processo muito forte, levando da depressão à incontinência e, na verdade, a incontinência não levando à depressão».
«Os médicos podem usar as descobertas deste estudo para aconselhar mulheres com depressão sobre um aumento potencial do risco para o desenvolvimento de incontinência urinária, ou sobre o que fazer se os sintomas de incontinência começarem», explicaram os autores, destacando que, por outro lado, a perda de controlo da bexiga pode representar um grande impacto emocional e, por isso, não deve ser ignorada.
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