O dia 29 de Janeiro de 2010 é um marco histórico, não só para a enfermagem, mas também para a cidadania lusitana. Cerca de 20 mil enfermeiros reivindicaram pelos seus direitos, ultrapassando os números de 1976. Alegam igualdade perante os restantes funcionários públicos e licenciados. Desde o ministério da Saúde até ao ministério das Finanças ecoaram pelas ruas da capital palavras de insatisfação com o sistema da maior classe profissional da saúde. "Licenciados... licenciados... também somos, licenciados" era um dos lemas entoado. Aqui ficam alguns retratos de dentro da manifestação...
Após a vergonhosa fuga das escutas no âmbito do Apito Dourado os «justiceiros lusitanos» multiplicam-se em declarações. Falam aos ventos de norte a sul que é preciso saber quem colocou no YOUTUBE. Acrescentam ainda que, mais uma vez, moverão mundos e fundos na perseguição do criminoso por mais IPs falsos que existam.
Porém, para além de mais um vago inquérito para colorir a justiça, nada se disse acerca dos verdadeiros responsáveis por esta situação: TODA a teia de funcionários do sistema judicial. Porque, como é evidente, a fuga só pode partir de quem tem acesso aos processos em segredo de justiça, e a obrigação legal e moral de impedir que sejam usados para fins indevidos. Talvez fosse mais sensato empeçar a busca do criminoso “mor”, digo eu! Não é tapando o sol com uma peneira que far-se-á sombra, ou será que nos querem convencer de que é mais fácil apanhar o ladrão no mundo virtual do que no real. Hum?!
Não é de hoje que as fugas ao segredo de justiça assolam o nosso Portugal, desrespeitando um direito elementar de qualquer arguido, sem que haja um único suspeito, e muito menos condenado. Qualquer dia os jornalista apoderam-se das investigações já que é deles o ponta pé de saída, na grande maioria dos casos. Quando o próprio sistema de justiça faz tão pouco pela justiça, como é que querem que quem está de fora o respeite?
Sábado! Em pleno fim de semana aproveitei o dia para descanso. Como diz a palavra do Senhor "... ao sétimo dia descansou", pois muito bem, como "bom" servo respeitei as palavras. Agora poderíamos levantar uma questão: o que é descansar? Para uns descansar é sinónimo de não fazer nada. Não mexer uma palha. Para outros, é mudar a rotina, fazendo algo de diferente. Para mim, esta última designação é mais próxima do verbo. Acrescento, ainda que, esta mudança de ares se for brindada com um sorriso de um doente no hospital e mudar a primeira fralda do primo mais recente da família já é satisfatório. Agora imaginemos se podermos adicionar um passeio com um(a) amigo/a: rir, brincar, falar de politica, trabalho, família, projectos futuros, preocupações... era o prato ideal. Neste momento revolto-me com as teclas e o português. A leitura de um texto pode induzir por caminhos diferente a mesma mensagem. No entanto, a escrita é pobre na transmissão de sentimentos. Também pudera... feliz de quem as vive!
Ouça as conversas, no mínimo interessantes, cujo principal interveniente é o presidente do FC Porto, que estão na integra no youtube, assim como os restantes... Clique nos link em seguida para aceder... e tire as suas próprias conclusões!
Há dias... em conversa com amigos sobre poesia diz-me um deles: "... olha aqui este poema... é a tua cara... ":
Recomeça... Se puderes, Sem angústia e sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro, Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado, Vai colhendo Ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar E vendo, Acordado, O logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças. Miguel Torga
A Morte em Veneza é a uma prosa que relatava o fascínio de um escritor consagrado, Aschenbach, sente por um adolescente deslumbrante, Tadzio. Uma paixão que se arrasta por Lido e depois pelas ruas sórdidas de Veneza que questiona a situação moral do artista. Esta bela novela de Thomas Mann, Nobel da literatura em 1929, recorda a filosofia Platónica abordando a relação com belo e fala da nostalgia das suas emoções. É um livro pequeno e que é muitíssimo bem escrito, com uma escrita complexa e profunda! Paralelamente a esta história o autor induz-nos a viajar pelas ruas de Veneza ao longo da leitura do livro.
Cada vez mais a chama em torno dos atletas naturalizados portugueses ilumina as páginas dos jornais. Os críticos agradecem! A selecção das quinas será cada vez mais um “Brasil B”, como acautela Paulo Futre? (Deco, Pepe, Liedson quem sabe Paulo Assunção)! Será que em Portugal as não formação capaz de manter uma fasquia ao nível nas nossas expectativas? E o que ainda virá por aí? As questões já pairam no ar há alguns anos. De um lado, a questão moral, essa mesmo que desaconselha a utilização de atletas nascidos noutras paragens na Selecção Nacional. Do outro lado, a questão legal, essa mesma que desaconselha quaisquer tipo de discriminações relativamente àqueles a quem foi concedida a nacionalidade portuguesa. Razão moral ou razão legal? Já alguém se lembrou de questionar a presença de Eusébio, Coluna, Vicente, Hilário, Matateu ou Jordão durante décadas? Onde nasceram? Era assim que pensavam os apaixonados do mundo da bola por todo o planeta? Razão moral ou razão legal? Já alguém se lembrou de questionar a presença de atletas brasileiros, americanos, russos, de países africanos ou outros nas escolhas nacionais de atletismo, basquetebol, andebol e demais modalidades? Razão moral ou razão legal?
Vivemos numa época em que as desigualdades sociais se não resolvem, mas em que outras discriminações acendem labaredas de críticas e medidas institucionais para a sua correcção. Já alguém se lembrou de que um transexual pode exigir o acesso a uma selecção composta por pessoas do sexo que acaba de adoptar?
Li num artigo dos anos 80, num palavreado prenunciador, afirmando que não tardaria o dia em que o Mundial de futebol seria disputado não por equipas nacionais, antes por equipas dos campeonatos nacionais. O meu avô também não acreditava nos casamentos de pessoas do mesmo sexo. E, afinal, já é legal…
Ainda dizem que os portugueses não são empreendedores e com espírito afável. Parabéns à iniciativa da TAP. De facto, este tipo de iniciativas no aeroporto de Lisboa permitiu aquecer o Natal dos passageiros. E mais... ficam com uma impressão mais positiva de NÓS!
Sempre ouvi dizer “a educação vem de casa”! As figuras transmitidas pela televisão, jornais e, mais recentemente, internet espelham cenários de histeria, um desenfreamento de verbos e substantivos de poses inconcebíveis. Num ápice, a Assembleia converteu-se numa naquelas salas de aula que prima pela indisciplina e a falta total de educação. Respeito? Não existe essa palavra no léxico deles. "ter juizinho", quiçá seja uma expressão que brinde esta “Escola Primária da Assembleia da Republica”. Só mesmo na primária se invoca o outro de "queixinhas". Estas sábias palavras tem como professores o no primeiro-ministro e o presidente do CDS. Não obstante, vamos saltar a menção aos palhaços, esquizofrénicos, "tias de Cascais".
Por breves instantes assaltemos a ingenuidade infantil em que não temos, por um dia, mais um caso de suspeita de corrupção, mais um lavar de roupa suja, só que não é da roupa da vizinha. Não! É, apenas e só, a roupa pendurada na Assembleia da República, nos computadores do Presidente da República, no diz-que-diz e não disse dos mais altos magistrados, e a lista não acabava! Como chegámos aqui? Como isto é possível?
Bancos que ninguém supervisiona. Ninguém se pede responsabilidades. Gestores despedidos que recebem rios de indemnizações. No meio disto tudo os trabalhadores da Quimonda, passadas as eleições, vão no enxurro esquecido, depositando-se nas margens do desemprego. Não tardará, até que os nossos governantes copiem tal e qual as imagens que nos chegam dos países da América Latina, onde o pugilato é comum. Economia e educação de mãos dadas – decadente! Mas o que interessa é que o Natal foi bom e o Benfica até está a jogar bem!
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança; Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto, Que já foi coberto de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto:
Mais um Sábado de manhã que começa com a habitual preguiça de sair da cama. O frio de rachar faz-se sentir lá for através dos assobios do vento e nariz vermelho das pessoas da rua. Perto das 11h é a hora habitual de sair de casa. Hospital é a próxima paragem... ou melhor supostamente devia ser no dia de hoje. Porquê supostamente? A 200 ou 300 metros de minha casa numa estrada um pouco mais estreita, contudo passam à vontade 2 carros , vêm dois jovens a pé a par. Começo a abrandar pois no sentido contrário vem um reboque a alta velocidade. Quase parado, pois nós três não passávamos, de repente ouço um estrondo e estilhaços de vidros pelo ar. Pensei "já fod* o carro eu velhote...". Inundado de vidros meto a cabeça de fora para verificar os estragos. Por incrível que pareça apenas o vidro da porta do carro desfez-se. Parece que o reboque ao passar por mim, a alta velocidade, fez uma guinada e com algo bateu-me no espelho retrovisor que fez ricochete no vidro da porta. Os estilhaços de vidro na minha faixa de rodagem eram prova deste incidente. Agora.. há que pôr um vidro novo...
Para começar o ano em beleza nada melhor que ser presenteado por um email amigo. Com grande satisfação admirei o vídeo. Não poderia de deixar de partilhar aquilo que de mais belo tem esta "fita" - a mensagem. Magnifico duelo entre o dedilhar por entres cordas de uma espécie de guitarra. A música é campo de batalha. Que belo campo de batalha! Ahhh como em todos os duelos surgem os efeitos colaterais. A dança e admiração dos restantes ao ritmo das guitarras desgarradas gritam por... pacificidade. Belo momento...