quarta-feira, 25 de maio de 2011

Morte...

Recostado no sofá a fazer "zapping" no comando esbarro com uma parte de uma entrevista que aborda a morte.
De facto, todos nós (e eu muito mesmo!) temos medo da morte e fugimos dela como o diabo da cruz. Inconscientemente, ou não!, provocamos um "acidente" cultural. Aos poucos fizemos com que a morte mudasse de residência isto é, de nossa casa para o "moderno hotel - Hospital".
Burrice a nossa pensar que conseguimos controlar isso.
Vamos todos morrer. Simplesmente sem um enquadramento espiritual, isto é intolerável, um tabu de que não se ousa falar. Assim, à distancia ficamos ainda mais sozinhos do que nunca perante a nossa mortalidade, perante a mortalidade dos que nos são queridos.
Entregar os últimos minutos de vida ao pessoal do hospital revela um pouco de indiferença perante o ente-querido.
Alguns autores defendem que estamos a roubar a morte às pessoas ao negligenciar esta realidade, de as deixar despedirem-se de quem amam, de tomar decisões. Quando o coma é inevitável, seria melhor que estivessem rodeados de quem pudessem escutar (já que a audição é ultimo sentido a ser perdido), sem fugir das suas inquietações.
Embora a ideia, ainda seja penosa, temos direito a morrer em paz e a ver morrer em paz.

sábado, 21 de maio de 2011

A ilha...

Um pequeno barqueiro talhado pela aldeia humanista aventurou a navegar por águas desconhecidas. Quis a maré que o seu porto fosse uma ilha selvagem. Uma selva de cimento.Por ondas e maré ora agitadas, ora agressivas, ora anégicas, o barqueiro permaneceu no cais sem meter água.
Meses a fio a observar. Esperar.
Certo dia Poseidon leva-o a navegar pela ilha. Um flash capta a sua atenção de modo a ondulação leva-o a um porto. Porto seguro com aguas tépidas onde apetece mergulhar. A transparência e serenidade do porto da tal ilha selvagem contrasta com o cinzento das árvores de betão.
A máquina fotográfica e as águas deste cais, que aclamou a atenção do pequeno barqueiro, motiva-o a ancorar.
Um retrato paradisíaco numa ilha selvagem de um dos oceanos...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Metro e... religião

Era mais uma noite a correr para o metro. Saltando de 2 em 2 degraus, na estação do Marquês, a sonoridade não engana, as portas do metro fecharam. Prontos, este já foi! Mais pausadamente, pé ante pé, faz-se contas à vida. 12 minutos é tempo de espera pelo próximo metro. Até aí, tudo igual.
Suspirando com as mãos sobre os joelhos e os olhos a passear pelos mosaicos que pisamos todos os dias, esbarro com o título de um dos jornais (não sei precisar devido às pisadelas que sofreu) "Catequista mata pai e madrasta".
Percebo que o sensacionalismo jornalístico queira captar a atenção do leitor. Não obstante, o facto de realçarem nas letras gordas a actividade lúdica da pessoa, na religião, transparece um pré julgamento, não do acto (criminoso e horrendo), antes da actividade. É verdade que os membros da religião, principalmente, os que encabeçam os seus postos têm responsabilidades sociais na educação e transmissão de valores acrescidas. Estes mesmos rostos são, também, matéria como outro cidadão.
A meta desta expressão jornalística é "vender o seu produto" sobrevalorizando alguém que é membro da religião cometeu um crime. Enfim...
Bem, novamente o sinal sonoro. O sopro da carruagem arrasta o pedaço de papel para outros olhos... ou pés. Tenho de ir para o metro....

terça-feira, 3 de maio de 2011

Bin Laden Morto...

A semana do planeta azul iniciou-se com a notícias mais deseja, para alguns lideres mundiais: Bin Laden foi morto pelas tropas norte-americanas.
Este feito celebrou-se em muitas cidades norte americanas, algumas europeias e Asiáticas. Embora compreenda as manifestações de alegria com este feito, receio que o espectáculo televisivo corroa ao mundo árabe. Claro está que estes quererão defender a "honra do seu líder".
Este símbolo do terrorismo teve como destino final do seu corpo o... mar! Estranhamente, não foram mostradas, ainda, imagens do corpo. O exibicionismo americano ainda não surgiu... mas cautela com ele.
Aguarda-se mais informações desta (suposta) morte...

Nota: esta imagem é uma montagem. Não é real!